Oi, gente! Bom, antes de postar a fic eu precisava relatar aqui a minha satisfação e o orgulho que sinto pelas pessoas do meu país que estão lutando por um Brasil melhor. Queria ter ido para a rua hoje manifestar e lutar pelos nossos direitos, mas infelizmente não foi possível. Quem sabe amanhã. Enfim, hoje, dia 19/06/2013 o prefeito decidiu que o valor das passagens voltará a ser o mesmo de antes. Foi a primeira batalha vencida, mas a guerra ainda não acabou. Precisamos de mais do que isso. MERECEMOS mais que isso, e não podemos nos calar. Enfim, o gigante acordou e eu tenho orgulho de fazer parte desse momento que um dia meus filhos estudarão na aula de história no colégio.
Agora vamos falar de coisa boa: E ai, já comprou sua tecpix?
Ok, falemos de coisa boa de verdade (ou mais ou menos, né?)
Essa fic eu escrevi para a gincana do NFF. A proposta era escrever sobre algo que você nunca tinha escrito antes, ou em um estilo que nunca havia escrito antes. Eu resolvi escrever uma HO (história original). Muitas pessoas gostaram e eu pessoalmente gosto muito dessa também. As pessoas pediram continuação e eu resolvi sim escrever uma, mas ela ainda está em andamento, então por favor me cobrem, porque se não cobrarem eu acabo relaxando D: É que eu tenho tantas ideias para escrever e elas me perturbam, ai eu fico com um monte de coisas começadas e nada terminado. Isso junta com a preguiça de digitar e ai já viram, né? Inicialmente essa fic não tinha nome e eu a chamava de "Cupido" porque é o nome da música que a inspirou. Mas não podia postar como Cupido, então batizei o bebê de "First Dance" mas pra mim ainda é Cupido. Enfim, espero que gostem. Não deixem de comentar, o comentário de vocês é muito importante para mim e ajuda aqui com a qualidade do serviço. Beijo!
Ah, e só pra constar: Ainda não resolvi o problema de formatação do blog aushaushaush
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Música: http://www.youtube.com/watch?v=DGwgLmEqfBk
Eu
vi quando você me viu,
seus olhos pousaram nos meus num arrepio sutil
Eu vi,
pois é, eu reparei!
você me tirou pra dançar sem nunca sair do lugar
Sem botar os pés no chão,
sem música pra acompanhar.
Foi só por um segundo, todo o tempo do mundo,
e o mundo todo se perdeu
Eu vi quando você me viu,
seus olhos buscaram nos meus o mesmo pecado febril
Eu vi, pois é, eu reparei,
você me tirou todo o ar pra que eu pudesse respirar
Eu sei que ninguém percebeu, foi só você e eu.
Foi só por um segundo, todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu
Foi só por um segundo, todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu ...
Ficou só você e eu.
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Pov Alice
Essa era mais uma
daquelas festas em que eu não queria estar. Pouco me importam esses eventos de
caridade e toda essa coisa de status. Pra mim não passa pura hipocrisia de
velhos gordos e ricos que não estão realmente interessados na causa que defendem,
mas sim em fazer média e posar de bom cidadão. Por que não simplesmente fazer a
doação sem ter que participar do evento? Por que não doar o dinheiro usado para
fazer tal evento para as instituições? Não seria bem mais útil e aproveitado?
Foi imersa nesses pensamentos que o avistei. Alto, bonito,
com ar de importante. E seus olhos estupidamente grandes e verdes pousaram nos
meus. Senti um arrepio estranho percorrendo minha espinha e minhas bochechas
arderam. Uma música bonita, saída de vários instrumentos de corda ecoava ao
fundo. Por um instante, foi como se ele estivesse me convidando para dançar,
sem dizer uma só palavra. Não sei o que lhe pareceu, mas como um impulso louco
meu corpo todo teve vontade de bailar com o dele. Aquele olhar infinito,
penetrante, misterioso. Senti como se fosse a minha salvação daquele lugar e de
tudo aquilo que me incomodava. O ritmo de minha respiração se alterou levemente.
Não sei se demonstrei alguma coisa, pois ele me abriu um sorriso imenso e
caloroso que me fez corar. E por um segundo era como se todo o resto do mundo
tivesse desaparecido. Não havia mais música. Não havia mais velhos gordos
discutindo sobre suas ações na bolsa de valores e sobre como eram pessoas
incrivelmente boas, fazendo generosas doações às causas sociais. Não havia o
vento gelado que entrava pela grande porta branca da varanda. Éramos apenas nós
dois. Eu e o estranho sem nome, de olhos bonitos e sorriso misterioso. E
naquele breve espaço de tempo, era como se eu estivesse completa e nada mais me
faltasse, pois havia achado o que me preencheria. Então eu lhe sorri de volta.
Pov Henry
Jamais apreciei esses eventos de caridade. Quando um homem
pratica boas ações ele não deve sair por ai mostrando para todo mundo, para
obter alguma glória. Isso não faz dele uma pessoa generosa, mas sim um ser
ambicioso e egocêntrico. Odeio ter que representar meu velho pai em seu papel
social de hipócrita doador. Isso nunca me pareceu certo. Todas as vezes em que
estou em um local como esse, cheio de gente rica e insuportável, ostentando
seus bens e querendo parecer melhores do que realmente são, sou tomado por uma
incrível melancolia. Não vejo a hora que acabe, antes mesmo de ter começado.
Porém hoje algo aconteceu. Em um momento de profundo devaneio de minha alma, meus
olhos encontraram os dela. Azuis como o mar. Olhos de ressaca, como os de
Capitu, que pareciam prestes a tragar-me. E eu quis navegar. Uma melodia triste
ecoava ao fundo, emitida por diversos instrumentos de corda. Sempre apreciei o
som de violinos e violoncelos. Mas havia algo diferente naquela música. Eu
nunca a havia escutado, e me pareceu tão linda como outra jamais fora. E meus
olhos presos naquela maré alta, desejaram convidá-la para dançar. Meu corpo
envolvido pelas águas tempestuosas. Ela me pareceu ligeiramente perturbada. Por
um instante, senti que também me desejava. Era como se nos conhecêssemos há
séculos. E então foi inevitável sorrir. Meus lábios se moveram por vontade
própria, e as bochechas dela me responderam, corando levemente. Meu coração
pareceu falhar uma batida. Aquela divina criatura, em um vestido azul como seus
olhos, uma boca vermelha como uma maçã e delicada como uma valsa, corando por
minha causa. O tempo pareceu parar naquele segundo. A música desaparecera. Todo
o incômodo daquele local se fora, e eu tive vontade de ficar. Vontade de me
aproximar e conversar com ela. Minhas mãos desejaram tocar as dela. E então me
aproximei.
Pov Alice
“Bem.” – Respondo ligeiramente envergonhada.
“Sou Henry. Henry Mathews.” – Ele se apresenta.
“Alice Crouseau.”
“Poderia me dar a honra de dançar comigo um pouco?” –
Disse-me, sorrindo novamente.
“Sou desajeitada, não danço muito bem.”
“Não importa, eu também não sou bom.”
Eu lhe sorri
timidamente e aceitei seu convite. Ele me guiou pela mão até a pista e
começamos a dançar a lenta melodia. Foi estranho o modo como ele enlaçou minha
cintura. Era como se os braços dele já conhecessem as curvas do meu corpo. E
novamente foi como se tudo simplesmente desaparecesse. Por um segundo, me
pareceu que flutuávamos. Estava eu nos braços de um completo estranho, me
sentindo em casa, e desejando que aquilo durasse para sempre. Ele se aproximou
lentamente. Seu olhar sustentando o meu. Os olhos mais bonitos que eu me lembrava
de ter visto na vida. Seus lábios tocaram os meus levemente. Aquilo me pareceu
correto como se estivesse, de algum modo, predestinado, e então eu permiti que
ele continuasse a me beijar. Não teria como resistir. E senti algo que jamais
havia experimentado anteriormente. Tudo se resumia àquele toque da boca dele.
Sua língua dançando com a minha, como fazíamos minutos atrás com nossos corpos
inteiros. E quando ele se afastou, sofri com o abandono. Alguém quebrou um copo
e o barulho nos despertou. A coisa mais maravilhosa do mundo havia acontecido
naquele lugar, e ninguém parecia notar. Todos se preocupavam com os cacos no
chão, mas nenhuma pessoa nos encarava, como se o amor já lhes fosse algo comum,
mesmo vindo de pessoas que jamais se viram antes.
“Vamos sair desse lugar. Conversar. Dançar secretamente onde
ninguém nos veja e contar as estrelas.” – Ele me disse com um sorriso simples.
Não pude negar.
“Vamos.” Eu lhe segui. Nunca se sabe onde uma história de
amor começa, e tampouco como termina. Mas desejo que seja pra sempre, enquanto
o sempre durar.
Pov Henry
“Como vai, minha cara dama?” – Pergunto timidamente.
“Bem.” – Ela me parece ligeiramente envergonhada. Suas
bochechas ficam mais rosadas.
“Sou Henry. Henry Mathews.” Eu começo.
“Alice Crouseau.” – Alice. O nome de minha saudosa mãe. Não
poderia ser mais perfeito.
“Poderia me dar a honra de dançar comigo um pouco?” – Disse
envergonhado. Provavelmente gaguejei.
“Sou desajeitada, não danço muito bem.” – Ela me responde
com toda a graça que um ser humano pode ter.
“Não importa, eu também não sou bom.” – Fui sincero. Não
poderia permitir que ela me rejeitasse por pensar que eu era um bom dançarino e
que não estava à minha altura.
Ela abriu um sorriso
tão lindo e brilhante quanto o nascer do sol. Naquele instante meus joelhos
fraquejaram. Eu precisava tê-la em meus braços tão desesperadamente quanto
precisava respirar. Segurei sua mão delicada e a guiei até a pista. Enlacei sua
cintura e me pareceu que meu corpo reconhecia o dela, como se já fôssemos
amantes há muito tempo. Me sentia leve, como se pudesse voar. E tudo
desapareceu novamente. Tudo agora era ela. Apenas nós dois movimentando nossos
corpos lentamente, seguindo o ritmo da música. O perfume doce dela invadiu
minhas narinas, e era como o cheiro de mil rosas, suave e delicado. Por um
instante, fiquei ligeiramente tonto. E a maré cheia dos olhos dela pareceu me
engolir. Eu queria, precisava mergulhar. Antes que me desse conta, meus lábios
estavam tocando os dela. Esperei uma rejeição que não veio. Um empurrão, um
tapa, um grito. Mas nada disso aconteceu. Ela abriu sua boca me oferecendo
acesso e permitiu que nossas línguas travassem um duelo mortal. Um barulho
agudo destrói nosso momento de perfeição e desvia a atenção de todos para o
ocorrido. Alguém havia quebrado um copo que devia ser mais caro do que meu
relógio. Todas as pessoas agora pareciam achar aquilo absurdo, enquanto um
garçom tentava recolher os cacos com a maior rapidez possível para evitar
acidentes. Ninguém pareceu ter notado o que acontecera segundos atrás. O tempo
naquele lugar só parou para duas pessoas em especial, e eu tive a sorte de ser
uma delas. Então me veio uma necessidade urgente de sair dali. Tão súbita e intensa
que me fazia querer gritar.
“Vamos sair desse
lugar. Conversar. Dançar secretamente onde ninguém nos veja e contar as
estrelas.” – Eu a convidei. Meus lábios esboçando um sorriso involuntário. Por
um instante, temi que ela não aceitasse.
“Vamos.” – Para a minha surpresa ela aceitou. Eu não sabia
nada sobre ela e ela tampouco sabia sobre mim. Mal aprendemos o nome um do
outro. Mas agora era a hora. Era como se isso tudo já estivesse predestinado há
muito tempo. Como se nos conhecêssemos sem sequer termos nos apresentado.
Peguei em suas mãos novamente e saímos correndo daquela festa de hipocrisia,
orgulho e ostentação, deixando para trás aquelas pessoas medíocres, como se não
houvesse amanhã e partimos rumo ao começo de uma nova história de amor. A
nossa.
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